sexta-feira, 26 de janeiro de 2007

Cuba@Brasil

Nada surpreende o povo de santo menos que a força da cultura Ioruba. Que a coisa é forte, o axé poderoso, e que a herança cultural e religiosa deixada pelos ancestrais africanos transcende todos os limites é normal. Aínda assim senti um pouco de 'fascínio', daquele tipo que quase beira a surpresa, quando Ogã Vinicius conheceu Eduardo Tosta, o cubano e amigo que tanto me ajudou em Havana, e os dois começaram a cantar juntos para os orixás. Foi aquela coisa meio improvisada: o Vinicius começava cantando o começo, dai o Eduardo cantava a segunda frase, dai o Vinicius a terceira e dai logo iam para outra reza. Tudo igualzinho, diziam os dois. Para mim a coisa continua meio grego, meio swahili.
Foi legal fazer a ponte entre os dois: de fato, Eduardo se encantou com as Iaôs, e a habilidade dos orixás recém nascidos na dança. Na verdade isso deve ter surpreendido muita gente, já que os novos filhos de Ogum, Oxossi, Iemanjá e Iroko pareciam carregar orixás veteranos em seus oris. Comentou o Eduardo que até as danças eram 'iguais' aos de Cuba, más dificilmente se vê iaõs por lá tão dançantes. É sempre bom elogiar. Um amigo íntimo do Zé Carlos se orgulhou ao anunciar que o Ilé Alaketu Axé Ibualamo é a faculdade dos orixás (aonde vão para fazer doutorado). Quem não foi perdeu.

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